Brasileiros em finais sulamericanas

02/12/2010

Pode parecer incrível, mas a presença do Goiás na final da Copa Sul-Americana de 2010 é a 64ª de um clube brasileiro em uma final de competição organizada pela Conmebol (Confederação Sulamericana de Futebol). Das outras 63 vezes que chegou à final, o Brasil foi campeão 36 vezes, sendo que 11 dessas 36 tiveram o outro finalista também brasileiro. Das finais contra clubes estrangeiros, o Brasil venceu 25 e perdeu 27 vezes.

Dentre os clubes mais vezes finalistas, Cruzeiro e São Paulo empatam com 15 finais. Palmeiras e Internacional têm 7 cada. O Flamengo tem 6 finais, enquanto Grêmio e Atlético Mineiro têm 5. O Santos tem 4 finais e o Vasco tem 3. Fluminense e Botafogo têm 2 cada. São Caetano, Atlético Paranaense, CSA de Alagoas e agora o Goiás têm 1 final.

As competições consideradas foram: Copa Libertadores (1960-2010), Copa Sulamericana (2002-2010), Supercopa Libertadores (1988-1997), Copa Mercosul (1998-2001), Recopa Sulamericana (1989-2010), Copa Conmebol (1992-1999), Copa Ouro (1993-1996), Copa Masters da Supercopa (1992-1995), Copa Masters da Conmebol (1996), Copa Interamericana (1968-1998), Copa Suruga Bank (2008-2010)

Ano Competição Clube brasileiro Clube rival Resultado
1961 Libertadores Palmeiras Peñarol (URU) Vice
1962 Libertadores Santos Peñarol (URU) Campeão
1963 Libertadores Santos Boca Juniors (ARG) Campeão
1968 Libertadores Palmeiras Estudiantes (ARG) Vice
1974 Libertadores São Paulo Independiente (ARG) Vice
1976 Libertadores Cruzeiro River Plate (ARG) Campeão
1977 Libertadores Cruzeiro Boca Juniors (ARG) Vice
1980 Libertadores Internacional Nacional (URU) Vice
1981 Libertadores Flamengo Cobreloa (CHI) Campeão
1983 Libertadores Grêmio Peñarol (URU) Campeão
1984 Libertadores Grêmio Independiente (ARG) Vice
1988 Supercopa Cruzeiro Racing (ARG) Vice
1991 Supercopa Cruzeiro River Plate (ARG) Campeão
1992 Libertadores São Paulo Newell’s Old Boys (ARG) Campeão
1992 Supercopa Cruzeiro Racing (ARG) Campeão
1992 Conmebol Atlético Mineiro Olimpia (PAR) Campeão
1992 Recopa Cruzeiro Colo-Colo (CHI) Vice
1992 Masters Supercopa Cruzeiro Boca Juniors (ARG) Vice
1993 Libertadores São Paulo Universidad Católica (CHI) Campeão
1993 Supercopa São Paulo Flamengo Campeão e vice
1993 Conmebol Botafogo Peñarol (URU) Campeão
1993 Recopa São Paulo Cruzeiro Campeão e vice
1993 Copa Ouro Atlético Mineiro Boca Juniors (ARG) Vice
1994 Libertadores São Paulo Vélez Sársfield (ARG) Vice
1994 Conmebol São Paulo Peñarol (URU) Campeão
1994 Recopa São Paulo Botafogo Campeão e vice
1995 Libertadores Grêmio Atlético Nacional (COL) Campeão
1995 Supercopa Flamengo Independiente (ARG) Vice
1995 Conmebol Atlético Mineiro Rosario Central (ARG) Vice
1995 Copa Ouro Cruzeiro São Paulo Campeão e vice
1995 Masters Supercopa Cruzeiro Olimpia (PAR) Campeão
1996 Supercopa Cruzeiro Vélez Sársfield (ARG) Vice
1996 Recopa Grêmio Independiente (ARG) Campeão
1996 Copa Ouro Flamengo São Paulo Campeão e vice
1996 Masters Conmebol São Paulo Atlético Mineiro Campeão e vice
1997 Libertadores Cruzeiro Sporting Cristal (PER) Campeão
1997 Supercopa São Paulo River Plate (ARG) Vice
1997 Conmebol Atlético Mineiro Lanús (ARG) Campeão
1998 Libertadores Vasco Barcelona (ECU) Campeão
1998 Conmebol Santos Rosario Central (ARG) Campeão
1998 Recopa Cruzeiro River Plate (ARG) Campeão
1998 Mercosul Palmeiras Cruzeiro Campeão e vice
1998 Interamericana Vasco DC United (EUA) Vice
1999 Libertadores Palmeiras Deportivo Cali (COL) Campeão
1999 Conmebol CSA Talleres (ARG) Vice
1999 Mercosul Flamengo Palmeiras Campeão e vice
2000 Libertadores Palmeiras Boca Juniors (ARG) Vice
2000 Mercosul Vasco Palmeiras Campeão e vice
2001 Mercosul Flamengo San Lorenzo (ARG) Vice
2002 Libertadores São Caetano Olimpia (PAR) Vice
2003 Libertadores Santos Boca Juniors (ARG) Vice
2005 Libertadores São Paulo Atlético Paranaense Campeão e vice
2006 Libertadores Internacional São Paulo Campeão e vice
2006 Recopa São Paulo Boca Juniors (ARG) Vice
2007 Libertadores Grêmio Boca Juniors (ARG) Vice
2007 Recopa Internacional Pachuca (MEX) Campeão
2008 Libertadores Fluminense LDU Quito (ECU) Vice
2008 Sulamericana Internacional Estudiantes (ARG) Campeão
2009 Libertadores Cruzeiro Estudiantes (ARG) Vice
2009 Sulamericana Fluminense LDU Quito (ECU) Vice
2009 Recopa Internacional LDU Quito (ECU) Vice
2009 Suruga Internacional Oita Trinita (JAP) Campeão
2010 Libertadores Internacional Guadalajara (MEX) Campeão
2010 Sulamericana Goiás Independiente (ARG)

Corinthians 100 anos

01/09/2010

Escudo Corinthians 1910Escudo CorinthiansHoje, 1 de setembro de 2010, completa 100 anos um dos maiores clubes de futebol do Brasil: o Sport Club Corinthians Paulista. O clube foi fundado em 1910 por um grupo de operários, que queriam um time popular para defrontar os clubes de elite que já existiam na cidade de São Paulo. O nome foi escolhido em homenagem ao clube inglês Corinthian Football Club, que na época havia feito uma excursão ao Brasil (em 1939 o Corinthian F. C. fundiu-se com o Casuals F. C., formando o Corinthian-Casuals Football Club, clube que existe até hoje e joga uma divisão regional na Inglaterra).

Projeto do novo estádio do Corinthians

Projeto do novo estádio do Corinthians

O Corinthians tradicionalmente manda seus jogos no estádio do Pacaembu, em São Paulo, mas também já mandou jogos no Estádio Parque São Jorge, a Fazendinha ou Alfredo Schrürig. Nas comemorações do Centenário, o clube anunciou a construção de um estádio próprio, coisa que os rivais municipais já possuem (Palmeiras – Palestra Itália e São Paulo – Morumbi). O estádio tem previsão para inauguração em 2013 e a intenção é de que seja palco de partidas da Copa do Mundo de 2014, incluindo a abertura.

O Corinthians foi o primeiro clube a conquistar o Mundial de Clubes, desde que começou a ser organizado pela FIFA, em 2000. Essa conquista, contudo, é bastante contestada pelos torcedores rivais, uma vez que o clube só participou do torneio uma vez que era representante do país-sede, como atual campeão nacional, e não foi campeão continental, ou seja, da Taça Libertadores da América. A Libertadores, por sinal, é o maior sonho de consumo da torcida corinthiana.

Camisa comemorativa do centenário do Corinthians

Dentre outros títulos que o Corinthians conquistou estão: 4 Campeonatos Brasileiros (1990, 1998, 1999 e 2005 – este último marcado pelos escândalos de arbitragem que anularam alguns jogos), 3 Copas do Brasil (1995, 2002 e 2009), 1 Brasileiro da Segunda Divisão (2008), 1 Supercopa do Brasil (1991), 5 Torneios Rio-São Paulo (1950, 1953, 1954, 1966 e 2002) e 26 Campeonatos Paulistas (o título de 1977 encerrou um jejum de 23 anos sem conquistas).

A torcida do Corinthians é considerada a segunda maior do Brasil, perdendo apenas para o Flamengo.


Patrocínio no futebol brasileiro

23/01/2010

A história dos patrocínios em camisas de futebol, pelo menos no Brasil, começa no final da década de 1970, quando as empresas fornecedoras de material esportivo foram permitidas a divulgar seus logotipos nas camisas, embora já fabricassem as mesmas há algum tempo. No ano de 1978 já era possível ver a marca da adidas nas camisa de Palmeiras e Internacional. Os patrocínios como conhecemos hoje, porém, só foram permitidos no ano de 1982, e inicialmente só na parte de trás da camisa. Assim, alguns clubes já se movimentaram e nesse mesmo ano estamparam em suas camisas: Bombril, no Corinthians; Olympikus, no Grêmio; Agrimisa, no Atlético Mineiro. Nos anos seguintes, todos os clubes já aderiram a essa novidade.

A princípio, os contratos de patrocínio eram firmados por curtos períodos de tempo, geralmente para partidas importantes como finais de campeonato. Mas com o passar do tempo, os contratos foram ficando mais duradouros e as relações entre clubes e patrocinadores mais complexas. Um grande avanço aconteceu ainda no final da década de 1980, a Coca-Cola investiu para patrocinar quase todos os grandes clubes do país. As exceções a essa regra foram Corinthians e Flamengo, por estes já terem contrato de longo prazo assinado com outras empresas: o Timão com a Kalunga (1985-1994) e o Mengo com a Petrobras (exibindo quase sempre a marca Lubrax, 1984-2009). A Coca-Cola, como deve ser ciência de todos, tem seu logo nas cores vermelho e branco, predominantemente. Assim, nas camisas dos times, constava uma grande caixa retangular em vermelho com o escrito Coca-Cola em branco. Isso aconteceu em todos os clubes patrocinados pela empresa, menos em um: o Grêmio. Para não carregar as cores do principal rival, Internacional, o logotipo da Coca-Cola, substituiu o vermelho pelo preto.

O Grêmio, por sinal, é um clube bastante restritivo em relação a patrocinadores em suas camisas. Todos os patrocinadores que teve até hoje, por mais multicoloridos que fossem, tiveram que adaptar suas cores às do tricolor gaúcho, azul, branco ou preto. Da mesma forma acontece com o rival do Grêmio, o Internacional, que nunca teve estampada marcas em cores diferentes do vermelho e branco. É pena que isso aconteça só no Rio Grande do Sul, uma vez que no resto do país os clubes sejam bem mais permissivos quanto a isso.

Acontece que, na grande maioria das vezes, o dinheiro investido por um patrocinador fala muito mais alto que a tradição dos clubes. Endividados, estes se rendem às exigências daqueles que fazem o investimento. Isso leva a concluir que a marca da empresa hoje em dia tem um valor mais alto que a marca do clube, quando deveria ser o contrário. A camisa não deixa de ser parte da história de um clube de futebol e de seus muitos torcedores. Manchar os “mantos sagrados” dos clubes com outras cores que não sejam aquelas tradicionais é considerada uma heresia para seus torcedores.

Infelizmente, a tendência é só piorar. O fato de Corinthians e Flamengo assinarem contratos de mais de 40 milhões de reais por ano fatalmente inflacionará o mercado de patrocínio no Brasil. Com tanto dinheiro entrando, em contrapartida os times ficam reféns de seus financiadores. O Corinthians, em seu ano do centenário, jogará com uma camisa que mais parece um abadá do que um uniforme de futebol, tamanho é o número de marcas estampadas. No final do ano passado o clube já tinha, além dos patrocínios tradicionais na “barriga”, da Batavo, e nas mangas, da Bozzano, patrocínio nos ombros, Baú da Felicidade, na parte inferior da camisa, Banco Panamericano, e uma novidade, nas axilas, do desodorante Avanço. A assinatura do contrado com a Hypermarcas não mudará em nada essa situação, uma vez que apenas mudará a marca Batavo pela dos Laboratórios Neoquímica.

Em Minas Gerais a atual polêmica é no uniforme do Cruzeiro. Tanto o clube azul, quanto o rival Atlético, assinaram seus maiores contratos de patrocínio, com o banco BMG e a Ricardo Eletro. No Atlético aparentemente não houve muita reclamação por parte da torcida quanto à estampa dessas marcas em sua camisa, o BMG em letras garrafais da cor laranja e Ricardo Eletro, um retângulo amarelo com escritos em vermelho e verde. O Galo já tem, digamos, uma terceira cor, o vermelho, que é usada na numeração das camisas e também em patrocínios antigos, como da Coca-Cola, entre 1987 e 1994, e da TAM, entre 1995 e 1996. E também teve patrocinadores em tons destoantes, como o da Construtora Tenda, em verde, entre 1997 e 1998. O Cruzeiro, porém, é mais tradicionalista em relação a isso. Tudo bem que na sua história a camisa do clube também já foi “tricolor” em algumas oportunidades. Entre 1986 e 1989, com o BDMG e a Coca-Cola, exibindo suas marcas em grandes retângulos vermelhos. Mas a própria Coca-Cola rendeu-se à tradição do clube, sendo que de 1990 a 1994 abandonou a caixa vermelha e exibiu sua marca apenas na fonte branca. Nos anos de 2000 e 2001 novamente um desvio na tradição da camisa do Cruzeiro, quando as ceras Grand Prix apareciam em um grande círculo amarelo nas mangas da camisa. Mais recentemente, porém, duas marcas patrocinaram o Cruzeiro e adaptaram suas cores sem problema algum à camisa. Em 2007 a Xerox, vermelha, exibiu sua cor original apenas na camisa branca do clube. Na camisa azul, a marca ficou em branco. No ano seguinte a mesma situação com a Tenda Construtora, também vermelha, ficou escrita em branco na camisa azul. E isso, em momento algum, provocou a ira de grande parte da torcida, como agora.

Um exemplo é da camisa do Palmeiras em 2008. As tintas Suvinil exibiam sua tradicional marca, numa caixa amarela e vermelha, nas mangas da camisa. A torcida protestou e a Suvinil, sem nenhum problema, modificou seu logotipo apenas para a cor branca. O banco BMG já mostrou que é possível mudar suas cores, sem a perda de sua identidade visual, como na camisa do Atlético Goianiense e no próprio site oficial do Cruzeiro. Mas também já cometeu a mesma atrocidade nas camisas de Vasco e Coritiba.

As coisas da forma como estão, em pouco tempo os times brasileiros terão camisas como as dos clubes mexicanos. É uma pena.

Necaxa Monterrey


Campeões pela América do Sul

22/12/2009

O mês de dezembro foi de decisão nos campeonatos nacionais em toda a América do Sul. Na maioria destes países, são disputados dois campeonatos por ano, geralmente chamados de Apertura e Clausura.

Independiente Medellín O Independiente Medellín venceu neste último domingo por 3 a 2 (placar agregado) o Atlético Huila na final da Copa Mustang II (ou Torneio Finalización) e se tornou o segundo campeão colombiano do ano de 2009. Foi o 5º título nacional do clube. O outro campeão do ano (Torneio Apertura / Copa Mustang I) havia sido o Once Caldas, em junho.

Banfield Na Argentina, o Banfield, apesar da derrota para o Boca Juniors por 2 a 0 em La Bombonera, sagrou-se campeão do torneio Apertura 2009, válido pela temporada 2009/2010. O clube terminou com 41 pontos contra 39 do segundo colocado, o Newell’s Old Boys. Foi o primeiro título nacional do clube alviverde.

No Brasil, na última rodada havia quatro equipes com chances de conquistar o título. Melhor para o Flamengo, que venceu o Grêmio no Maracanã e conquistou o seu sexto Campeonato Brasileiro, o que não acontecia desde 1992. O Flamengo terminou a competição com 67 pontos, dois a mais que Internacional e São Paulo.

Colo-Colo No Chile deu Colo-Colo, que venceu a Universidad Católica por 6 a 4 (placar agregado) nas finais do Torneio Clausura 2009 e conquistou seu 29º campeonato chileno. O outro campeão do ano de 2009 havia sido a Universidad de Chile, que conquistou o Apertura 2009 em julho.

Deportivo Quito No Equador, o Deportivo Quito venceu o Deportivo Cuenca por 4 a 3 (placar agregado) e conquistou a Serie A. Foi o quinto campeonato conquistado pela equipe. No Equador, assim como no Brasil, existe somente um campeonato nacional por ano, mas lá o campeonato acontece entre janeiro e dezembro.

Nacional do ParaguaiNo Paraguai, o Nacional somou 41 pontos, um a mais que o Libertad e conquistou o Torneio Clausura. Foi o sétimo título paraguaio do Nacional. O campeão do Torneio Apertura, o outro campeonato de 2009, havia sido o Cerro Porteño, em julho.

Universitario No Peru, este ano houve o fim do sistema de Apertura e Clausura. No Torneo Descentralizado, o Universitario venceu os dois jogos da final contra o Alianza Lima e conquistou seu 25º campeonato peruano.

No Uruguai e na Venezuela, acabaram os torneios Apertura da temporada 2009/2010, mas seus vencedores não são considerados campeões nacionais.


Brasileiros na Libertadores 2010

08/12/2009

Terminado o Campeonato Brasileiro, finalmente foram conhecidos os representantes brasileiros na 51ª Copa Libertadores.

CorinthiansO Corinthians já estava classificado, por ter sido campeão da Copa do Brasil em 2009. A última participação do alvinegro tinha sido na Libertadores 2006, quando foi eliminado nas oitavas de final pelo River Plate. Essa será a oitava participação do clube; as outras foram em 1977, 1991, 1996, 1999, 2000, 2003 e 2006. A melhor colocação foi um terceiro lugar, em 2000, quando foi desclassificado pelo rival Palmeiras nas semifinais.

FlamengoO Flamengo sagrou-se campeão brasileiro e se classificou para a sua décima Libertadores. As outras foram em 1981, 1982, 1983, 1984, 1991, 1993, 2002, 2007 e 2008. O Flamengo foi campeão da Libertadores no ano de 1981, sua primeira participação, vencendo o Cobreloa, do Chile, na final.

Internacional O Internacional ficou com o vicecampeonato brasileiro em 2009, mas também garantiu vaga na Libertadores. Será a oitava participação; as outras foram em 1976, 1977, 1980, 1989, 1993, 2006 e 2007. O clube gaúcho foi campeão no ano de 2006, ao vencer o São Paulo na final. O Inter também foi vicecampeão no ano de 1980, perdendo a final para o Nacional, do Uruguai.

São PauloSão Paulo a sua 15ª participação em Libertadores, o maior número entre clubes brasileiros, ultrapassando o Palmeiras, que tem 14. Será também a 7ª participação consecutiva, algo que outro clube brasileiro também nunca conseguiu (desde 2004 o tricolor vem jogando a competição). O clube tem três títulos da Libertadores, sendo o maior campeão entre os brasileiros. Em 1992 venceu o Newell’s Old Boys, da Argentina; em 1993 venceu a Universidad Católica, do Chile; e em 2005 venceu o Atlético Paranaense, do Brasil. Já em 1974 foi derrotado pelo Independiente, da Argentina; em 1994 pelo Vélez Sarsfield, da Argentina; e em 2006 pelo  Internacional.

CruzeiroO último representante brasileiro na Libertadores 2010 é o Cruzeiro, graças ao quarto lugar no Brasileirão. Com isso, o clube mineiro disputará uma vaga na fase de grupos da competição contra o Real Potosí, da Bolívia. Será a 12ª participação cruzeirense na competição; as outras foram em 1967, 1975, 1976, 1977, 1994, 1997, 1998, 2001, 2004, 2008 e 2009. Será assim, pela segunda vez, a terceira participação consecutiva. O Cruzeiro venceu a competição em duas oportunidades: 1976, ao bater o River Plate, da Argentina, e em 1997, vencendo o Sporting Cristal, do Peru. Porém perdeu duas finais, em 1977, para o Boca Juniors, da Argentina e a última, em 2009, para o Estudiantes de La Plata, também da Argentina.

Lembrando que nesta edição da Libertadores, clubes carrascos dos brasileiros nos últimos anos, como Boca Juniors, River Plate (ambos da Argentina) e LDU (do Equador), não estarão presentes, pois não conseguiram classificação.


Flamengo campeão brasileiro?

01/12/2009

Com a vitória sobre o Corinthians, o Flamengo pode assegurar o título de hexacampeão brasileiro com uma vitória sobre o Grêmio no próximo domingo, no Maracanã. E se a superstição ajudar, o título já está garantido. Isso porque em todos os anos em que um clube carioca venceu a segunda divisão do Campeonato Brasileiro, o clube rubronegro sagrou-se campeão da primeira.

Em 1982 o Campo Grande, clube da zona oeste do Rio, foi o campeão da Taça de Prata (o equivalente da Série B na época). O Flamengo, por sua vez, venceu o Grêmio por 1 a 0, no Estádio Olímpico Monumental, em Porto Alegre, e conseguiu seu segundo título brasileiro.

Em 1987, na confusão da Copa União, o Flamengo venceu um dos módulos que equivaleria à primeira divisão, o verde. Já no módulo azul, um dos dois que equivaleria à segunda divisão, deu Americano de Campos.

E agora em 2009, o Vasco foi o campeão da Série B, a segunda divisão do futebol brasileiro. O Flamengo por sua vez, precisa de uma vitória simples contra o Grêmio, no Maracanã, para conseguir seu sexto título brasileiro, igualando-se ao São Paulo.

A tradição está perto de ser mantida.

Atualizado: o Flamengo venceu o Grêmio por 2 a 1 e a tradição foi mantida…


Mascotes do Ziraldo

13/10/2009

A Copa União de 1987 foi o campeonato brasileiro daquele ano, organizado pelo Clube dos 13, ao invés da CBF. Dessa forma, novos projetos tentavam ser colocados em prática, principalmente envolvendo ações de marketing. Entre essas ações, foi contratado o cartunista Ziraldo para redesenhar os mascotes dos clubes daquela competição, a fim de vender produtos, entre outras coisas.

Os mascotes foram popularizados principalmente nos álbuns do Campeonato Brasileiro entre o final da década de 1980 e início da década de 1990. Por algum motivo, não se se não foi desenhado, nunca vi o mascote do Palmeiras.

Mais de 20 anos depois, Ziraldo voltou a desenhar mascotes para clubes de futebol brasileiros. O Corinthians encomendou um novo desenho, mais moderno, para o Mosqueteiro, que deixou de ser gordo e se tornou mais, digamos, esbelto. Como parte de ações de marketing também foram criados o Mosquetinho (para o público infantil) e a Mosqueteira (para o feminino).

E o Vitória, que não teve seu mascote desenhado em 1987, encomendou ao desenhista uma versão para o Leão, na comemoração dos 110 anos do clube, agora em 2009. Ziraldo fez duas versões para o clube baiano.

Atualização em 01/09/2018:

O leitor Marcos Vinícius Nascimento Berti nos enviou uma belíssima contribuição: uma reportagem da Revista Placar de maio de 1988. Na matéria, escrita por Renato Maurício Prado, o cartunista Ziraldo é entrevistado no momento de criação dos mascotes, para o Clube dos Treze. A matéria mostra alguns mascotes que posteriormente tiveram seus desenhos alterados, como a Raposa, do Cruzeiro, o Galo, do Atlético-MG, e a Baleia, do Santos. No caso do Botafogo, a matéria cita que Ziraldo tinha dúvidas entre o Manequinho e o cachorro Biriba, mas que tinha preferência por este segundo (inclusive tem o desenho). Posteriormente, o mascote oficializado do alvinegro foi o garoto fazendo xixi mesmo. E por fim a matéria cita uma eleição que a Placar estava fazendo para que os torcedores palmeirenses escolhessem entre seu mascote favorito: o periquito (que é o oficial) ou o porco (como a torcida acolheu). Não sabemos quem foi o vencedor desse pleito, mas o fato é que (pelo menos pra mim) são novidades estes mascotes do Palmeiras desenhados pelo Ziraldo, uma vez que nos álbuns dos anos 1980 e 1990 o periquito não tinha o desenho assinado pelo cartunista mineiro.

20180824_101420

Segue a matéria na íntegra:

Para trazer sorte
O Clube dos 13 contrata Ziraldo para recriar os símbolos do grandes times numa deliciosa e lucrativa jogada de marketing

Quando o primeiro time pintar na boca do túnel para entrar em campo na Copa União deste ano, virá acompanhado de uma nova mascote. Simpática, colorida, para – mais que sorte – trazer dinheiro aos clubes do Clube dos Treze.

Pois os dirigentes das maiores forças do futebol brasileiro acabam de contratar o cartunista Ziraldo para recriar – e, em alguns casos, criar – os símbolos de cada grande equipe do Brasil. Os novos desenhos aparecerão estampados em diversos produtos, levando um bicho extra para os quase sempre combalidos cofres dos clubes.

“Está mais que na hora de o futebol brasileiro entrar no tempo do marketing”, julga Ziraldo. Mineiro de Caratinga, 55 anos, o rubro-negro Ziraldo Alves Pinto está convencido de que o futebol tem uma única saída: reconquistar o público jovem ou morrer. “A garotada de hoje não entende mais por que o marinheiro Popeye foi o símbolo do Flamengo ou como o Pato Donald pode representar o Botafogo”, espanta-se. “Por isso, uma de minhas maiores preocupações neste trabalho foi rejuvenescer as mascotes.”

Assim, o Almirante do Vasco, por exemplo, será um menino e não um austero senhor bigodudo. Até mesmo o urubu rubro-negro – criação inesquecível de Henfil – terá traços jovens. “O importante é facilitar a identificação dos símbolos com a gurizada”, planeja o cartunista.

Mato sem cachorro

Nem tudo, porém, vai ser novidade. “Alguém pode imaginar o Atlético não sendo o Galo, ou o Cruzeiro algo que não a Raposa?”, pergunta Ziraldo. “Eles são imortais e vão continuar bem vivos.” Já não é o caso do Botafogo: “Esse é complicado até em mascote”, brinca. “Conversei com o presidente Althemar Dutra de Castilho e ele me pediu para fazer o Manequinho (famosa estátua de um menino fazendo xixi, em frente à sede do clube, no Mourisco) puxando pela coleira o ‘Biriba’ (o cachorrinho mascote do falecido dirigente Carlito Rocha). Não dava, né? Acabei optando pela figura solitária do ‘Biriba’. Ficou uma gracinha…”

Se Ziraldo encontrou a solução para o Botafogo, está num mato sem cachorro para o caso do Palmeiras. “É porco ou periquito?”, questiona, sem achar a resposta. E apela: “Acho que PLACAR deveria fazer um plebiscito entre a própria torcida”.

A proposta está lançada. “O negócio é agitar”, entusiasma-se Ziraldo. “Continuo sendo um apaixonado pelo nosso futebol. Espero que esses símbolos sejam apenas os primeiros passos para transformar o futebol num espetáculo moderno em termos de comunicação e de marketing.”

Renato Maurício Prado